Henrique T Costa
A viralização do Ice Bucket Challenge – ALS

A viralização do Ice Bucket Challenge – ALS

No dia 22 de agosto, no pico da viralização da campanha da ALS – Ice Bucket Challenge – conversei com o Jornal Estado de Minas sobre os fatores propagadores da campanha e porque deu tão certo.

Pra quem passou batido, ou já não lê mais jornal impresso, segue a matéria da Carolina Mansur.

E você, participou da campanha?


 

Desafio Vitorioso

 

No Brasil, 20% das celebridades que fizeram o #desafiodogelo doaram para a campanha da esclerose lateral amiotrófica.

 

Campanha internacional consegue arrecadar US$ 41,8 milhões em apenas 24 dias. No Brasil, expectativa é de que as doações cresçam.

 

Carolina Mansur – Estado de Minas Publicação:22/08/2014 07:20Atualização:22/08/2014 08:39

Bill Gates Ice Bucket Challenge

Se você tem uma conta no Facebook, Twitter ou Instagram, certamente se deparou com inúmeras imagens e vídeos de pessoas – famosas ou não – derramando um balde de água fria sobre a cabeça, no desafio do balde de gelo. No Brasil, a consequência dessa brincadeira é a doação de R$ 131 mil para os portadores da Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), em quatro dias. Ou seja, 13 vezes mais que o arrecadado em todo o ano passado. De 29 de julho até ontem, a campanha internacional, iniciativa da ALS Association, arrecadou US$ 41,8 milhões.

Embora a causa seja nobre, a campanha divide as opiniões na internet, onde viralizou. Enquanto algumas pessoas garantem que parte das celebridades ignora a causa e busca a autopromoção, outras defendem a doação para a instituição no lugar do ‘desperdício de água’. Segundo a diretora da Associação Pró-Cura da ELA e criadora da campanha no Brasil, Andreza Diaferia Kulmann, embora apenas 20% das 70 celebridades brasileiras que postaram o vídeo tenham doado, o legado é a notoriedade que a doença ganhou em pouco tempo. “A maior vitória foi a divulgação da doença”, garante. “Saímos do zero e conseguimos dar voz a mais de 15 mil pacientes que não falam mais”, reforçou.

De Valesca Popozuda ao ex-presidente dos Estados Unidos George W. Bush, a campanha rodou o mundo e cresce de forma acelerada pelo formato que desafia outras pessoas. A cada pessoa que aceita o desafio, outras três são convocadas e recebem o prazo de 24 horas para participar. No Brasil, segundo a diretora, a expectativa é de que as doações cresçam, já que a novidade é a entrada de empresas entre os participantes. “Uma grande rede varejista, por exemplo, já desafiou e chamou outras empresas, então é possível que as doações cresçam, em função desse marketing publicitário”, comentou.

Para o consultor em marketing digital Henrique Costa, a presença de celebridades teve como importância aumentar a visibilidade da campanha e contribuir para a viralização. Entre os pontos fortes, que popularizam o desafio, ele destaca o fato de essa ser uma “prova social”. A campanha também ganha força por utilizar outros fenômenos da rede social. “A pessoa acaba se expondo como nas selfies. Temos a pressão que é colocada nos amigos e a possibilidade de usar a criatividade nos vídeos”, argumenta.

Costa justifica o sucesso da campanha pelo formato simples e engajador. “As pessoas não querem mais ouvir uma empresa ou entidade falar, elas querem se apropriar da mensagem. Se você permite que as pessoas se envolvam, a mensagem ganha mais força e poder e foi isso que aconteceu com o desafio do balde do gelo”, explica.Valesca Popozuda Ice Bucket Challenge
Na prática, de acordo com Andreza, a divulgação traz a esperança de que o governo se mobilize frente a doença. “A ELA ficou excluída do hall das doenças por muito tempo, apesar do número de doentes. E já sabemos que, com a campanha, há uma movimentação interna do Ministério da Saúde para rever isso”, diz. “Esperamos que o governo olhe para os portadores da ELA e forneça o que for necessário para o enfrentamento da doença”, lembra. Atualmente, segundo Andreza, os pacientes só conseguem acesso ao tratamento judicialmente.

Nos últimos dias, o desafio do balde de gelo foi além das celebridades conhecidas do público e acabou destacando pessoas anônimas, que logo ficaram conhecidas pelas experiências que não deram certo. Também fez sucesso a participação de George W. Bush, que, além tomar um banho de água fria promovido por sua esposa Laura, desafiou o seu “amigo” e ex-presidente Bill Clinton. Entre as pessoas que o desafiaram, sua filha Jenna Bush Hager, o jogador de golfe Rory McIlroy e o proprietário do New York Jets Woody Johnson.

Independentemente de quem participa da campanha, a diretora da Associação Pró-Cura da ELA e criadora do desafio alerta para a necessidade de as doações continuarem mesmo depois de a viralização terminar e garante que não precisa ser famoso para participar. Além de contribuir para a manutenção da ELA, que é degenerativa e paralisa os músculos do corpo sem atingir as funções cerebrais, outra missão da campanha é empregar os recursos doados no financiamento de pesquisas para descobrir a cura da doença, que evolui rapidamente. Se você se identificou e quer saber mais sobre como doar, acesse o site da associação (www.procuradaela.org.br).

Alguns famosos que aderiram à campanha

» No Brasil                  » No exterior
Gisele Bündchen       Bill Gates
Galvão Bueno            Mark Zuckenberg
Neymar                       George W. Bush
Ivete Sangalo             Lady Gaga
Regina Casé               Jennifer Lopez
Paulo Maluf               Ashton Kutcher
Ana Maria Braga       Cristiano Ronaldo
Kaká                             Taylor Swift
David Luiz                  Charlie Sheen
Angélica
Fátima Bernardes
Palmirinha

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Consultor de Marketing Digital, empreendedor, diretor de arte, motociclista, marido e pai.

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