Com o passar dos anos e o envelhecimento acelerado da sociedade brasileira, a demanda por cuidadores de idosos tem aumentado muito.
No Brasil, há 30 milhões de idosos, o que corresponde a ⅕ da população. E a expectativa é aumentar ainda mais, segundo uma pesquisa realizada pelo Pnad, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua.
Na década de 70, a estimativa para o ano de 2010 era de 3,5 milhões de idosos, mas em 2018, o número já estava quase 10 vezes acima do esperado.
Desde a década de 70, muitas mulheres foram para o mercado de trabalho, as famílias diminuíram e tiveram menos filhos, além disso, a expectativa de vida aumentou. Os familiares hoje em dia não têm mais tanto tempo para ficar em casa cuidando dos idosos, por isso é comum ver as famílias contratando cuidadores para ajudá-las.
Todos esses fatores contribuem para o aumento da necessidade do cuidado à pessoa idosa e o Estado tem se mostrado tímido em relação às políticas públicas para os 60+.
O grande problema nesse momento é que com a crescente população de idosos, aumenta também a demanda por cuidadores. De acordo com a CNC, Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, o número de cuidadores teve um salto de 547%. Em 2007, a profissão tinha 5.263, já em 2017, 34.051. Um estudo em andamento da Fiocruz levantou que hoje no Brasil existam mais de 1 milhão de cuidadores de idosos.
Infelizmente, nem todos os cuidadores estão devidamente capacitados e preparados, embora possa parecer uma atividade simples, ser cuidador de idosos exige muita responsabilidade, qualificação, preparação e boa postura.
A falta de capacitação ou conhecimento básico ainda é grande nessa área.
As atribuições de um cuidador, dependem do nível da fragilidade do idoso e variam de auxílio às atividades físicas até estimular a independência, mas é extremamente importante que não se confunda com o papel de enfermeiro. O cuidador precisa estar preparado para diversas situações como quedas, controle de remédios, dietas, rotina do idoso, acompanhamento em consultas médicas, afazeres diários entre outros.
Para isso, é necessário fazer um curso com conteúdo de alta qualidade. Este foi um dos motivos que fizeram a Raquel Azevedo, o Henrique Costa e a Carla Azevedo criarem a Helpmy.
A Helpmy é uma plataforma que liga as famílias que precisam de ajuda aos melhores cuidadores de idosos. Eles selecionam e capacitam constantemente os cuidadores para o atendimento de alto nível que as famílias desejam.
A Helpmy já realizou cursos presenciais e possui outros 2 cursos disponíveis online:
1. Anatomia e fisiologia da pele, tipos de lesões, curativos e medidas preventivas.
2. E Imobilidade e cuidados com o paciente acamado. Ambos ministrados pela Raquel Souza Azevedo e equipe colaboradora.
No começo do ano de 2021, em meio a pandemia, a Helpmy deu mais um passo firme em seu propósito de capacitar cuidadores para entregar ainda mais qualidade no atendimento aos idosos. Fechou uma parceria com a Fundação Unimed para desenvolvimento de 12 cursos temáticos de 8h, focado no público de cuidadores. O primeiro desses cursos, Incapacidade Cognitiva e Alzheimer, foi lançado no final de julho, por meio de uma live de grande sucesso, com a participação da Professora Raquel e a Dra. Mariana Paiva, como convidada. Está disponível na página da Faculdade Unimed e pode ser adquirido por toda a equipe multidisciplinar e familiares de pacientes diagnosticados com a doença.
Raquel Souza Azevedo, CEO da Helpmy, é mestre em enfermagem pela UFMG e Especialista em Gerontologia pela SBGG, co-autora do IVCF-20 (Índice de Vulnerabilidade Clínico Funcional – 20) e do livro Fundamentos do Cuidado ao Idoso Frágil. Ela enfatiza que cursos de capacitação e reciclagem são essenciais para quem quer trabalhar nessa área, além de precisar ter muita paciência, carinho e responsabilidade”.
“Eu trabalho com a saúde do idoso há mais de 15 anos. O que eu vejo todos os dias é um enorme despreparo dos cuidadores. Como tenho muita experiência, muitas famílias me procuram, para que eu possa indicar alguém, pois não tem ‘sorte’ ao escolher os cuidadores. Isso acontece porque é uma área que está crescendo muito e as pessoas acham que é uma tarefa fácil, mas não é assim.”, complementa a CEO da Helpmy.
Raquel explica que “A Helpmy tem um grande potencial, mas também um grande desafio. Queremos solucionar o cuidado ao idoso frágil no Brasil. Meu sonho é capacitar e cuidar de quem cuida dos nossos idosos. Eu levanto esta bandeira. Assim teremos mais qualidade de vida para os idosos, paz de espírito para as famílias e conseguiremos gerar trabalho de qualidade para muitos profissionais que atuam na área”.
“Cuidador bem cuidado cuida melhor dos pacientes”, complementa a Mestre em Enfermagem.
Henrique Costa, um dos co-fundadores da Helpmy, trabalha com a estratégia e o marketing da empresa. Ele conta como foi o processo, “Nós tínhamos a ideia da solução, mas fomos percebendo que precisávamos de algo mais para que as famílias tivessem a melhor experiência. Foi neste momento que decidimos que além de passar por um processo seletivo criterioso, os cuidadores precisam receber ainda mais preparo e aprender a lidar com várias situações”.
Toda essa empolgação e planejamento os fez pensar em quem poderia gerenciar a empresa, os processos e as finanças, afinal, é preciso um bom administrador para que a empresa cresça. E a solução estava dentro de casa. Carla Azevedo, irmã da Raquel e CFO da Helpmy, se juntou ao time como co-founder para assumir este desafio. Ela é Administradora de Empresas com especialização em Marketing, pela Johnn Moores University – Inglaterra, e trouxe todo seu conhecimento adquirido como executiva na General Motors e outras startups para agregar.
“Ser a CFO da Helpmy é uma responsabilidade muito grande, pois é uma empresa incrível com um grande potencial de crescimento. Um dos grandes ensinamentos do Guilherme Belchimol, da XP, é segure os custos, enxugue o quanto pode no começo, não se deixe levar pela vaidade e faça as coisas certas para que as validações aconteçam e a evolução seja constante. Estamos levando isso à risca!”, diz a CFO da Helpmy.
A Helpmy tem dois aplicativos, um para os clientes e familiares, outro para os cuidadores. Os clientes se cadastram e detalham a situação e necessidade do idoso, descrevendo a demanda, com data, especificidades e preferências, cada detalhe pode fazer a diferença na hora de encontrar o cuidador ideal. O sistema então faz o “matching” com os cuidadores capazes para atender aquele idoso, de acordo com suas qualificações e experiências. O cliente ainda pode navegar dentro do perfil público dos cuidadores para contratar o que achar melhor. Tudo feito com agilidade, confiabilidade e segurança.
A Helpmy avalia e entrevista 100% dos cuidadores e seleciona somente aqueles mais qualificados que têm comprovação de certificação de curso de cuidador com carga mínima de 60 horas, 1 ano de experiência como cuidadores e checagem de referência de trabalhos anteriores.
Os cuidadores ainda podem se capacitar fazendo os cursos oferecidos pela empresa para melhorar ainda mais sua experiência, conhecimento, currículo e ranking na plataforma. Assim, mais clientes poderão se interessar em contratá-lo. Quando uma família procura um cuidador no aplicativo, entre os que têm disponibilidade de agenda para atender a demanda, os mais bem rankeados aparecerão primeiro.
Dessa forma, a nossa inteligência artificial encontra os melhores cuidadores disponíveis para atendê-los. A contratação e o agendamento são feitos diretamente no aplicativo.
Tudo isso de forma profissional, prática, segura e com muito carinho, dando a tranquilidade que as famílias tanto procuram. E foi com essa clareza de propósito, uma ótima execução e um empenho forte da equipe que a Helpmy foi selecionada pelo programa de aceleração do SEED MG e em primeiro lugar de classificação na categoria aberta. Este é só o começo da história dessa empresa, que almeja grande crescimento e sucesso.
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